Esta, aconteceu lá pelos idos de 1900 e guaraná de rolha, na localidade de Ulha Negra, até então município de Bagé. Na estação da viação férrea do lugar, o agente ferroviário era o Sr. Nascimento, índio velho criado a campo e que por força política foi parar no cargo. O trem costumava passar pela estação por volta de 15:00h, todos os dias; e em pleno mês de dezembro neste horário o trem estava ali parado, o calor era insuportável e o seu Nascimento estava vestindo um capote de lã, comprado no Uruguai, e por baixo do quepe vermelho e do dito capote o suor corria. Chegou então um conhecido de seu Nascimento e perguntou:
— Pelo amor de Deus, seu Nascimento, o senhor não está com calor?
— Tô que não me aguento mais índio véio.
— E porque então, não tira o capote?
— Não posso!
— Não pode por quê? A bombacha está rasgada?
— Não, é ‘ordi’ superior!
— Mas que ordem é esta seu Nascimento?
— Pois como eu sei que tu sabe lê eu vô te mostrá.
Puxou do bolso então uma circular da viação férrea e entregou ao amigo, que leu:
“Fica determinado que a partir desta data, todo funcionário e agente ferroviário, deverá usar uniforme, SOBRETUDO em horário de passageiros.”
abril 15th, 2013 at 8:06
Num tô falando: o caipira só quer cobrar…
Não vê o lado bom da coisa: estas colaborações são, no mínimo, uns textinhos a menos que ele precisaria espremer a cachola pra por pra fora…